Algoritmos + redes sociais đź’” eu

Ou: todo projeto Ă© uma questĂŁo de expectativa.
Há um ano, lá estava eu bradando ao mundo: se eu pudesse, excluiria todas as redes.
E o que me impede, de fato, de excluĂ-las todas, agora mesmo?
Em teoria, nada.
Em teoria, tudo.
Posso argumentar que uso as redes como ferramenta de trabalho.
Mas não há outras formas de trabalhar e encontrar pessoas? Sempre há.
A verdade é que se tornou confortável usar as redes sociais para divulgar ideias, encontrar pessoas e conseguir trabalhos.
A questão é outra, anterior até à existência das redes.
O que esperamos quando postamos algo?
Queremos a recompensa.
Curtidas, comentários, seguidores, compartilhamentos, agendas lotadas, produtos vendidos, contatos.
Muitos buscamos ao menos uma dessas recompensas assim que acionamos o botão “postar”.
Isso porque a ideia de trabalho foi atrelada Ă ideia de recompensa.
Aprendemos, desde a escola, que trabalho sem recompensa nĂŁo compensa.
É claro, todos queremos pagar os boletos e sermos reconhecidos pelo que fazemos.
No entanto, enquanto o tempo grita “faça agora”, esquecemos que é preciso temperar o trabalho com dedicação.
Antes da recompensa precisa haver entrega e constância.
Nos preocupamos com as vitrines dos outros nas redes sociais, mas esquecemos que aquelas vitrines sĂł mostram a ponta do processo, nĂŁo o todo.
Toda evolução demanda tempo.
Por isso, ao invés de postar apenas pela recompensa, poste porque tem algo a dizer.
Produza sempre pela qualidade, e nĂŁo pela quantidade.
Por aqui, entre tropeços, quedas e arranhões, vou aprendendo a encarar as redes como espaço para encontros ao invés de uma pista de corrida.
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